Viver e não ter a vergonha de ser feliz! Calma, gente. Não estou roubando nada do Gonzaguinha; apenas o invoco para nos alertar o quão é passageira nossa vida. Pensando nisso, lembro nitidamente das primeiras paqueras, dos bancos das praças (quando as praças eram seguras), das peladas nos campinhos improvisados, da ansiedade na véspera das provas escolares e da angústia na véspera dos resultados, enfim, tudo isso parece que foi ontem.
Não me dava conta do tesouro daquela época. Qualquer contrariedade e vinha logo o bobo pensamento: não vejo a hora de crescer. Não que a vida adulta seja ruim, não é isso. Apenas destaco a necessidade de viver intensamente cada fase, cada momento de nossas vidas, viver o hoje sem ansiedade exagerada pelo amanhã e sobretudo, caminhar sem culpa, livre das torturas da consciência. Se exageramos no final de semana, com chocolate, torta, feijoada, caipirinha, churrasco e cerveja, de que adiantam as lamentações? Mexa o esqueleto e perca calorias. Você se sentirá melhor. Quando lamentamos, estragamos o prazer que tivemos ao desfrutar esses momentos mágicos da vida. Quem disser que nunca exagerou, nem que seja um pouquinho, certamente estará mentindo e, se estiver falando a verdade, meus pêsames, pois já morreu e não sabe. Sair do normal de vez em quando é só para os vivos.
Também me prendem a atenção os arrogantes. Pensam ser melhores que os outras, nariz empinado, olhar para cima e quando olham pra baixo, só enxergam o próprio umbigo. Não ganham nada com isso. Imagine que, de repente, um acidente, um infarto ou um derrame lhes tira a vida ou lhes deixam debilitados. Nesse momento, lhes cai a ficha. Não eram imortais como pensavam. Padecem, solitários, num leito de hospital ou num quarto esquecido de sua casa. Só agora, conseguem enxergar o sorriso de uma criança, num raro momento em que uma lhes aparece à porta; só agora, vêem a beleza e graça de um pássaro, num rasante do bem-te-vi próximo à janela de seu clausulo; só agora, percebem quanto tempo perderam, quantas coisas poderiam ter feito; só agora descobrem que não são melhores do que ninguém. Só que agora, talvez, seja tarde.
Devemos nos dar conta de que temos apenas simples (não simplório) papel nessa peça chamada vida, cujos atos passam rápidos, céleres, sem direito a repetição de cena, simplesmente porque, ao contrário dos estáticos palcos convencionais, essa peça especial é apresentada num inquieto, agitado e frenético palco chamado mundo. Nessa peça, cada um de nós somos ao mesmo tempo autores, atores e diretores. Precisamos viver cada ato, intensamente, aproveitar cada instante dele, pois não haverá repetições, nem ensaios; deixemos nos levar pela magia de cada cena. O próximo ato virá, mas porque a pressa, se o ato presente ainda não acabou? Além do mais, o próximo ato poderá ser o último. Estava certo o Gonzaguinha: viver e não ter a vergonha de ser feliz.
Não me dava conta do tesouro daquela época. Qualquer contrariedade e vinha logo o bobo pensamento: não vejo a hora de crescer. Não que a vida adulta seja ruim, não é isso. Apenas destaco a necessidade de viver intensamente cada fase, cada momento de nossas vidas, viver o hoje sem ansiedade exagerada pelo amanhã e sobretudo, caminhar sem culpa, livre das torturas da consciência. Se exageramos no final de semana, com chocolate, torta, feijoada, caipirinha, churrasco e cerveja, de que adiantam as lamentações? Mexa o esqueleto e perca calorias. Você se sentirá melhor. Quando lamentamos, estragamos o prazer que tivemos ao desfrutar esses momentos mágicos da vida. Quem disser que nunca exagerou, nem que seja um pouquinho, certamente estará mentindo e, se estiver falando a verdade, meus pêsames, pois já morreu e não sabe. Sair do normal de vez em quando é só para os vivos.
Também me prendem a atenção os arrogantes. Pensam ser melhores que os outras, nariz empinado, olhar para cima e quando olham pra baixo, só enxergam o próprio umbigo. Não ganham nada com isso. Imagine que, de repente, um acidente, um infarto ou um derrame lhes tira a vida ou lhes deixam debilitados. Nesse momento, lhes cai a ficha. Não eram imortais como pensavam. Padecem, solitários, num leito de hospital ou num quarto esquecido de sua casa. Só agora, conseguem enxergar o sorriso de uma criança, num raro momento em que uma lhes aparece à porta; só agora, vêem a beleza e graça de um pássaro, num rasante do bem-te-vi próximo à janela de seu clausulo; só agora, percebem quanto tempo perderam, quantas coisas poderiam ter feito; só agora descobrem que não são melhores do que ninguém. Só que agora, talvez, seja tarde.
Devemos nos dar conta de que temos apenas simples (não simplório) papel nessa peça chamada vida, cujos atos passam rápidos, céleres, sem direito a repetição de cena, simplesmente porque, ao contrário dos estáticos palcos convencionais, essa peça especial é apresentada num inquieto, agitado e frenético palco chamado mundo. Nessa peça, cada um de nós somos ao mesmo tempo autores, atores e diretores. Precisamos viver cada ato, intensamente, aproveitar cada instante dele, pois não haverá repetições, nem ensaios; deixemos nos levar pela magia de cada cena. O próximo ato virá, mas porque a pressa, se o ato presente ainda não acabou? Além do mais, o próximo ato poderá ser o último. Estava certo o Gonzaguinha: viver e não ter a vergonha de ser feliz.
Texto de Sander Dantas Cavalcante
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