-Que levais escondido no regaço?
-Apenas uma borboleta, meu senhor.
- Apenas(?), pergunta o senhor atónito ao ver libertar-se uma borboleta do regaço de seu amor.
- Sim, porque julgais que ela voa!?
- Não te o saberei dizer, responde-lhe, uma vez mais o senhor.
- Voa porque padece de amor e quando se sofre de amor é como o seu bater de asas que nos leva para longe, tão longe que em silêncio, leves nos deixamos transportar numa eternidade curta como a vida da borboleta mas duradoura como as cores das suas asas que as irradiam e se alojam no regaço.
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 27 de Dezembro de 2008
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