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2 de set. de 2009

Rosa Vermelha Negra



Imagina…
Que fechas a tua Alma ao Passado…
A mesma que morre e recusa escutar…
Vestes de vermelho o teu corpo em sangue…
Despes palavras negras do teu olhar…

Imagina…
Que tudo o que pensas se esvai em murmúrios…
De braços abertos em jeito de protecção…
A liberdade da dor, tumulto que encontras…
Esperança em teu rosto, escrita em minha mão…

Imagina…
Mãos serenas estendidas que te recebem…
O embalar inglório, perigoso de um rugido…
Ar que invade textura de tua mortiça pele…
Suspiros de letras cobertos por um gemido…

Vem…
Fecha então os olhos e salta para o abismo que te espera…
Sentir a vida presa por um fino fio cravado em mim…
Preencher o vazio da escrita no espólio de cada sílaba…
Beijar-me, unir nossos corpos num poema sem fim…

Vem…
Nesse conflito de palavras e significados…
Procurar a loucura que me cega e que te invade…
Retirar esse laço que me prende a ti em cada palavra…
Reinventar o beijo, provocar minha insanidade…

Se…
Me vires morto fica comigo ou renasce…
No pó das cinzas da minha vermelha flor…
Vive então a minha vida sem mim…
Ofereço-te Eu, a minha rosa com amor…

Se…
Viverem as cores e as formas da beleza de outrora…
A poeira renascida fará seis letras escutar…
Ofereço-te de mão aberta tudo o que sou…
O nome da tua rosa poderás pronunciar…

E…
Se imaginaste abre os olhos e diz-me o que vês…
Olhos meus de eterna saudade…
Se vieste abre os meus e diz-me quem és…
Abre a mão e apossa a felicidade…

Se não… Diz-me somente Adeus…

Todas as palavras serão queimadas…
E tudo ficará esquecido…
Rosa vermelha negra, perdida…
Como se nunca tivesse existido…

Autor desconhecido



1 comentários:

bookmanie disse...

Olá. Antes de arquivamento comentários mais concretos seus textos são muito interessantes, eu queria agradecer-lhe e felicitá-lo. Bookman.