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21 de jul. de 2009

A BONECA

Corri ao mercado para comprar uns presentinhos, que eu não havia conseguido comprar antes.
Quando eu vi todas aquelas pessoas no mercado, comecei a reclamar comigo mesmo:
"Isto vai demorar a vida toda, e eu ainda tenho tantas coisas para fazer, outros lugares para ir.
Como eu gostaria de poder apenas me deitar, dormir e só acordar após tudo isso".
Sem notar, eu fui andando até a seção de brinquedos, e lá eu comecei a bisbilhotar os preços,
imaginando se as crianças realmente brincam com esses brinquedos tão caros.

Enquanto eu olhava a seção de brinquedos, eu notei um garoto de mais ou menos 5 anos
pressionando uma boneca contra o peito.
Ele acarinhava o cabelo da boneca e a olhava tão triste, que fiquei tentando imaginar para quem seria aquela boneca que ele tanto apertava.
O menino virou-se para uma senhora próximo a ele e disse:
"Vovó, você tem certeza que eu não tenho dinheiro suficiente para comprar esta boneca?"
A senhora respondeu:
“ Você sabe que o seu dinheiro não é suficiente, meu querido!"
E ela perguntou ao menino, se ele poderia ficar ali olhando os brinquedos por 5 minutos,
enquanto ela iria olhar outra coisa.
O pequeno menino estava segurando a boneca em suas mãos.

Finalmente eu comecei a andar em direção ao garoto e perguntei para quem ele queria
dar aquela boneca e ele respondeu:
"Esta é a boneca que a minha irmã mais adorava, e queria muito ganhar.
Ela estava tão certa que o Papai daria esta boneca para ela este ano.
Eu disse: "Não fique tão preocupado, eu acho que ele irá dar a boneca para sua irmã".
Mas ele triste me disse:
"Não, o Papai não poderá levar a boneca onde ela está agora.
Eu tenho que dar esta boneca pra minha mãe, assim ela poderá dar a boneca
à minha irmã, quando ela for lá."
Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto ele falava:
"Minha irmã teve que ir embora para sempre.
O papai me disse que a mamãe também irá embora para perto dela em breve.
Então eu pensei que a mamãe poderia levar a boneca com ela e entregar a minha irmã."
Meu coração parou de bater. Aquele garotinho olhou para mim e me disse:
"Eu disse ao papai para dizer a mamãe não ir ainda.
Eu pedi à ele que esperasse até eu voltar do mercado."
Depois ele me mostrou uma foto muito bonita dele rindo, e me disse:
"Eu também quero que a mamãe leve esta foto, assim ela também não se esquecerá de mim.
Eu amo minha mãe e não gostaria que ela não tivesse que partir agora, mas meu pai disse
que ela tem que ir para ficar com a minha irmãzinha.
" Ai ele ficou olhando para a boneca com os olhos tristes e muito quietinho.

Eu rapidamente procurei minha carteira e peguei algumas notas e disse para o garoto:
"E se nós contássemos novamente o seu dinheiro, só para termos certeza de que você tem o dinheiro para comprar a boneca?
Coloquei as minhas notas junto ao dinheiro dele, sem que ele percebesse, e começamos a contar o dinheiro.
Depois que contamos, o dinheiro iria dar para comprar a boneca e ainda sobraria um pouco.
E o garotinho disse:
"Obrigado Senhor por atender o meu pedido e me dar o dinheiro suficiente para compra a boneca".
Aí ele olhou para mim e disse:
"Ontem antes de dormir eu pedi à Deus que fizesse com que eu tivesse dinheiro suficiente para comprar a boneca, assim a mamãe poderia levar a boneca.
Ele me ouviu ...
e eu também queria um pouco mais de dinheiro para comprar uma rosa amarela para minha mãe,
mas eu não ousaria pedir mais nada a Deus.
E Ele me deu dinheiro suficiente para comprar a boneca e a rosa amarela.
Você sabe, a minha mãe adora rosas amarela.

Uns minutos depois, a senhora voltou e eu fui embora sem ser notado.
Terminei minhas compras num estado totalmente diferente o que havia começado.
Entretanto não conseguia tirar aquele garotinho do meu pensamento.
Então lembrei-me de uma notícia no jornal local de dois dias atrás, quando foi mencionado que um homem bêbado numa caminhonete, bateu em outro carro, e que no carro estavam uma jovem senhora e uma menininha.
A criança havia falecido na mesma hora e a mãe estava em estado grave na UTI, e que a família havia decidido desligar as máquinas, uma vez que a jovem não sairia do estado de coma.
E pensei, será que seria a família daquele garotinho?

Dois dias após meu encontro com o garotinho, eu li no jornal que a jovem senhora havia falecido.
Eu não pude me conter e sai para comprar rosas amarelas fui ao velório daquela jovem ....
Ela estava segurando uma linda rosa amarela em suas mãos, junto com a foto do garotinho e com a boneca em seu peito.
Eu deixei o local chorando, sentindo que a minha vida havia mudado para sempre.
O amor daquele garotinho por sua mãe e irmã continua gravado em minha memória até hoje.
É difícil de acreditar e imaginar que numa fração de segundos, um bêbado tenha tirado tudo daquele pequeno garotinho.

Preocupe-se um pouco com as outras pessoas, antes de sair dirigindo bêbado pelas ruas,
e pegue as chaves daqueles que julgar necessário, você estará salvando outras vidas e a sua vida também.

Autor desconhecido



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