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8 de jun. de 2009

A paixão e o tempo...



Sonhei que o tempo havia parado
E que ainda éramos dois adolescentes
Enamorados e inocentes
Senti, então, o antigo ânimo e o
Ímpeto pueril
Em mim, multiplicarem-se por mil.
Oh! Quão mágica e intensa
É a paixão de quem não pensa!
Quão inútil e fútil
É o amor juvenil!
Uma rede de descobertas
Num mundo de novas ilusões
A deixar chagas abertas
Em dessangrados corações.
Acordei-me confuso
Mas tão alegre também
Pois todo o arroubo de outrora
Incontinente corria
Em minhas veias agora
A me pedir sem demora
Que procurasse por ti.
Tentei por fim te encontrar
Mas os anos erguem muralhas
E cavam fossos profundos.
Já não sabia onde estavas
Se perto, longe ou além.
As horas foram passando
E a sensação foi cedendo
À realidade cruel
Que tolo, pensei, que sou!
Não passo de um sonhador
Que, ávido, sopra as cinzas
A procurar o inexistente lume
De um fogo que já passou.
Triste, quedei conformado
E constatei resignado
A finitude das coisas…
A imutabilidade de um passado
Que se mantém congelado
Em cápsulas de saudade
No subsolo dos sonhos!

Ramde

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